quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Tu sabes?

Tu sabes? Converso contigo como se estivesses aqui a meu lado a ouvir-me, escrevo-te como se algum dia fosses ler o que te estou a escrever!Imagino-me a falar contigo porque acredito que me irias compreender.Olhava para ti e parecia que consiguia sentir o que sentias…os teus medos, as tuas incertezas, a tua dor.Torna-se angustiante quando sei que estas a sofrer porque consigo sentir essa dor dentro de mim mas não me é possível estar por perto para poderes sentir que te entendo e mais…que estamos a partilhar essa dor.Como te consigo explicar que te sinto como uma parte de mim se nem eu entendo bem isso! Tenho quase a certeza de saber quem realmente és, como pensas e como sentes, sem estar presente na tua vida e sem partilhar contigo o que quer que seja.Não dá para explicar algo assim…nem eu próprio nunca entendi esse sentimento que partilho contigo ! Como te fazer entender que amo as tuas fraquezas e que aceito qualquer dos teus defeitos?Como é possível não te ver a horas e parecer que são meses, anos, assusta-me isso….Assusta-me porque a distância física, que sempre existiu, mas agora ainda mais.Consigo ver o decorrer do teu dia, consigo sentir-te a acordar.Mas todas essas relações foram por água abaixo porque lhes faltava algo, ou melhor, talvez essas relações exigiam algo que tu não estavas disposto a dar??!A exigir demasiado, porque sei bem o quanto amas a sua liberdade e o quanto exige que os outros respeitem isso!anseias em poder voar pelo mundo fora. Só queria partilhar um pouco da minha vida contigo, nada mais.Não quero fazer parte da tua vida nem exigir nada…apenas partilhar o que sinto,ouvir-te desabafar e vice-versa porque sei que me irias compreender.Mas, uma vez mais, apenas desejo ser uma espectador. Um espectador presente com quem pudesses interagir…mas nada mais!Já mais tencionaria assumir uma personagem nessa peça que é a tua vida.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A ti.





Um punhado de Dor.


Um punhado de Solidão.


Migalhas de Esperanças.


Porções de Lágrimas


Só um pedaço de mágoa


Uma dose de Perdão.





Ainda quero te ouvir cantar .

domingo, 19 de abril de 2009

O Pequeno Príncipe e a sua Rosa.


Hoje, ao chegar em casa depois de mais um dia estafante, um dia de poucos sorrisos, poucas palavras, muitas testas franzidas, algo me fez parar: avistei no jardim da casa ao lado da minha algo que não havia percebido na passagem de ida, (às vezes, passamos como se tudo fosse cinza e não percebemos as coisas belas que estão em volta), era uma rosa, uma rosa vermelha, vermelha como todas essas metáforas do amor. Uma rosa só, solitária no jardim.Aquela rosa me fez lembrar do Pequeno Príncipe de Saint-Exupéry,da pureza do amor de uma criança por sua rosa, da dedicação que ele tinha por ela, a ponto de protegê-la com uma redoma de vidro, para que nem as ervas daninhas, nem o frio, nem o vento a ofendessem. De quando, todas as manhãs, ia regá-la com tanto cuidado para não a machucar e ficava admirando-a por longas tardes. Percorreu todos os planetas, conheceu diversidades de rosas, centenas delas, mas aquela era a sua rosa, aquela única e solitária rosa tinha uma beleza singular.Mas o príncipe não conseguia entender sua rosa, ela era muito complicada. Então naquela manhã doce a regou pela última vez. Sentiu vontade de chorar, chorou, e em soluços disse adeus a sua rosa, mas ela não o respondeu, ela o amava mas o deixou partir, não queria que ele a visse chorar.

sábado, 18 de abril de 2009

Ah girassol



Ah girassol.Porque girassol, está sempre em direção do seu sol.
Ah, se me assentissem olhar em tua direção, timidamente te admiraria, te cotemplaria horas e horas.
Ah girassol. Se pudesse toca-lo girassol, te tocaria bem de leve, com a ponta dos dedos, e me aproximaria calmamente, respirando suavemente, para que num perdeste nem uma das tuas pétalas.
Ah girassol. Se me permitisse te falar girassol, te falaria palavras tão doce, te recitaria um poema, sussurraria uma canção. Mais não consegueria girassol, te esconder meus medos, minhas agustias, minhas tristezas, e te regaria com o orvalho dos meus olhos.
Mas não girrassol. Não tenho essa permissão, e não ousaria adentrar em teu reino girassol, então fico aqui girassol, cabisbaixo assim como tu girassol, quando o sol se vai, e fecha suas pétalas, esperando o sol, para resplandecer com tua luz dourada majestosamente.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Uma taça de vinho somente


Naquela noite, como todas nesses últimos dias,lá esta ele envolto com a solidão. Vai até a porta da frente,(ele nunca mais a tinha aberto), então abre, com poucos passos está na varanda, se debruça sobre a fria grade, e fica a admira o luar.O silêncio da rua é assustador, no céu poucas estrelas e só os ráios a ilumina-lo.
Era mais uma noite de memórias,memórias essas, que o fazia sorrir sozinho em meio a lágrimas.
De repente nuvens escuras escondem por completo o belo luar que estavas a admirar, logo uma forte e fria brisa o envolve, começa a cair uma fina chuva, que lhe molha o rosto. Ele fica mais um pouco, parece quer sentir a água dos poucos pingos que cai, como se pudessem levar consigo aquela tristeza que o invade. Mas a chuva fica mais forte, e o obriga a se recolher. Ele entra, fecha a porta, senta se na cama, liga e de imediato desliga a TV, liga o som, e deixa baixinho uma melodia, onde apenas ela e o barulho da chuva invadiam o silêncio daquele quarto.
Sentiu vontade de tomar algo, foi até a cozinha, e avistou em cima da geladeira uma garrafa de vinho entre duas taças, lembrou daquela garrafa de vinho que nunca foi aberta,onde a trouxe de longe para brindar com alguém especial momentos de alegria, mais nunca ousaram abri-la, porque?, talvez porque nunca ouve ocasiões que merecesse tal fato.
Pegou a garrafa de vinho ,e a bela taça de vidro, olhou para aquele líquido rubro e a abriu, de súbito invade todo o ambiente aquele odor doce que o faz mergulhar em pensamentos , seus olhos brilharam, lembrava os muito momentos felizes regados a um bom vinho, (ele sabia escolher os bons vinho), mas, em todas as vezes eram duas taças de vinho que brindavam.
Porém naquela noite, era UMA TAÇA DE VINHO SOMENTE.

sábado, 4 de abril de 2009

Apenas mais uma tarde de sábado.

Hoje resolvi ficar, ficar aqui mesmo no meu quarto, deitado nesssa cama fria e vermelha, como o céu ao entardecer.
No escuro do quarto escuto baixinho a voz suave e desconhecida na faixa catorze do cd de cazuza, deixo repetir uma, duas, trez vezes, bate a tristeza quando ouço um trecho da melodia que diz: "Que medo, que medo.".
Nessa tarde de sábado,não de agosto, nem de setembro,mas de abril,recordo as poucas linhas que li no marinheiro de Caio,que vem á memoria porque recentemente vi uma peça com mesmo nome.
Chove igual aquela tarde, e igualmente na minha memória vem cenas vividas com uma extraordinária nitidez, lembranças ,Sim Da Mata,embalos,tiesto,traços ,abrigo,girassóis .Lembrar da tardinha em que nos conhecemos,mais em todas me vejo cinza, vazio.
"Sim, era uma pessoa que não lembro —, em vez de faces, jeitos, vozes, nomes, cheiros, formas, chegam-me somente emoções confusas ou palavras como estas — doloroso, amargo, irreparável."
Mas não sinto o cheiro do mar, nem tão pouco ouço passos na escada,mais a espera e a mesma.
Fecho os olhos e tento chorar.Mas as lágrimas não caem.Talvez porque o mar e o que ele trazia com sigo, realmente não me pertenca.



domingo, 29 de março de 2009

Enquanto choro, posso te abraçar?

Abraços de reencontro, de felicitações, de despedidas, desses que molham o ombro.
Abraços apertados, aqueles mais apertado que se pode dar,em que o mundo parece girar, devagar, devagarinho, e o coração bate compassivo e lento, e que perdura na memória por toda uma vida, e sempre que lembramos, insitem em molhar nossos olhos.
Abraços que nos revigoram, renovam nossa alma.
Um ato tão singelo, tão simples, mais com um poder tão surpreedente, em que os gestos falam muito mais que as palavras.
Nos momentos de dor ou de alegria é que vemos o bem que um grande e demorado abraço nos causa.
Então não percas a oportunidade de enlacar seus braços num grande e afetuoso abraço.
Posso abraca-los?
Evaldo ,Alissom,meus grandes amigos, não se preocupem,não deixo que minhas lágrimas virem rio.
Melqui, apesar da distância, não perdes a chance de me abraçar na primeira oportunidade.
Evelane, (pausa),obrigado por está sempre presente.
Mônica, desculpe se essas poucas linhas tortas desse blog,te faz chorar.
Sávio,meu amigo, obrigado pelos seus abraços diário, memo sendo virtual.
Carla , saudades dos seus abraços.
Dexter, porque sempre nossos abraços insistiam em molhar nossos ombros?.Me diz.