sexta-feira, 10 de abril de 2009

Uma taça de vinho somente


Naquela noite, como todas nesses últimos dias,lá esta ele envolto com a solidão. Vai até a porta da frente,(ele nunca mais a tinha aberto), então abre, com poucos passos está na varanda, se debruça sobre a fria grade, e fica a admira o luar.O silêncio da rua é assustador, no céu poucas estrelas e só os ráios a ilumina-lo.
Era mais uma noite de memórias,memórias essas, que o fazia sorrir sozinho em meio a lágrimas.
De repente nuvens escuras escondem por completo o belo luar que estavas a admirar, logo uma forte e fria brisa o envolve, começa a cair uma fina chuva, que lhe molha o rosto. Ele fica mais um pouco, parece quer sentir a água dos poucos pingos que cai, como se pudessem levar consigo aquela tristeza que o invade. Mas a chuva fica mais forte, e o obriga a se recolher. Ele entra, fecha a porta, senta se na cama, liga e de imediato desliga a TV, liga o som, e deixa baixinho uma melodia, onde apenas ela e o barulho da chuva invadiam o silêncio daquele quarto.
Sentiu vontade de tomar algo, foi até a cozinha, e avistou em cima da geladeira uma garrafa de vinho entre duas taças, lembrou daquela garrafa de vinho que nunca foi aberta,onde a trouxe de longe para brindar com alguém especial momentos de alegria, mais nunca ousaram abri-la, porque?, talvez porque nunca ouve ocasiões que merecesse tal fato.
Pegou a garrafa de vinho ,e a bela taça de vidro, olhou para aquele líquido rubro e a abriu, de súbito invade todo o ambiente aquele odor doce que o faz mergulhar em pensamentos , seus olhos brilharam, lembrava os muito momentos felizes regados a um bom vinho, (ele sabia escolher os bons vinho), mas, em todas as vezes eram duas taças de vinho que brindavam.
Porém naquela noite, era UMA TAÇA DE VINHO SOMENTE.

Um comentário:

  1. Respostas.
    Quem disse que é tão fãcil a vida real? Quem disse que nas nossas vidas as coisas acontecem como nos filmes ou na novelas? Tudo é mais duro aqui fora, mais cru e nada, absolutamente nada e do jeito que a gente queria que fosse, principalmente o outro, aquele mesmo que a gente mais ama, a não ser que nos apaixonemos por um robõ e programemos ele para fazer o que mais a gente desejar, mas ai seria fácil demais, seria cômodo demais. Acho que tudo que passamos nessa vida, com os outros, pelos outros ou sozinhos mesmo nos torma mais fortes, mais toleráveis, é hora de aprender novas lições, dessas que a vida ensina na chibata, a pulso. E sabe de uma coisa, já chegou a hora de ler nas entrelinhas, nos olhares, não espere gestos, eles seriam grosseiros. As mãos são duras e ásperas, mas os olhares, os olhares são diferentes, não enganam nem cegos. Agora é hora mesmo de aprender. A vida real, essa mesma que pulsa pra fora das janelas, das portas, essa mesma quegrita sua crueldade em todas as esquinas dessas ruas esquecidas. Rasgue seus romances, todos esses que inebriam seus desejos. Viva e veja. Abra os olhos.

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